sábado, 4 de maio de 2013

Um rato de sebo em êxtase


Uma litografia de Daumier intitulada Un bouquiniste dans l'ivresse ("Um rato de sebo em êxtase"), de 1844, ilustra perfeitamente a fascinação bibliofílica pela raridade. Ela representa um homem folheando um pequeno volume e dizendo, com ar exaltado, a outro aficionado: "Nada se compara à minha alegria... acabo de encontrar, por cinquenta escudos, um Horácio impresso em Amsterdã em 1780... essa edição é excessivamente preciosa: cada página é repleta de erros!".
(BONNET, Jacques. Fantasmas na biblioteca: a arte de viver entre livros. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013, p. 31)