sábado, 27 de julho de 2013

PM divulga imagem de manifestante que atentou contra a norma-padrão durante protesto



RIO – A Polícia Militar divulgou hoje imagem, com melhor visualização, em que um manifestante faz claramente uso ilegal de concordância verbal. Conservadores apontam crime de lesa-gramática: de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o falante deveria ter redigido "não se fazem..." em vez de "não se faz" no cartaz que empunhava.

Linguistas saem em defesa do acusado e alegam que o falante de português entende o "se" como índice de indeterminação do sujeito. A PM rebate argumentando que o sujeito não está indeterminado coisa nenhuma, pois o elemento já foi identificado.

Vários manifestantes declararam que o atentado não teria sido cometido pelo falante P1, mas sim por um falante P2 (agente infiltrado da polícia) que, momentos antes do protesto, trocou o cartaz do manifestante com outro redigido em outra variante linguística a fim de provocar discórdia gramatical e a ira da classe linguística conservadora. Entretanto, de acordo com a corporação, o P2 não domina nenhuma das variantes linguísticas envolvidas e jamais poderia, portanto, ter cometido um ato tão bem pensado como esse.