sábado, 26 de novembro de 2005

Adorável cheiro de nostalgia

Hoje de manhã fui bater na porta do zelador pra pegar uma encomenda que havia chegado do Correio. Ele não estava, mas a filhinha dele atendeu, abrindo a porta e deixando sair aquele cheirinho de comida caseira feita pela mãe, que não se encontra em restaurante nenhum desse mundo. Não era só um cheiro de comida: Era um cheiro de zelo, de carinho, de tudo aquilo que só vivemos enquanto não saímos definitivamente de casa mundo afora.

De imediato aquele cheiro me remeteu a uma experiência nostálgica: Há uns seis anos eu não sei mais o que é isso.

É próprio do ser humano dar valor à àgua só depois que a fonte seca; mas eu me recordo de - enquanto ela esteve viva - ter lhe declarado diversas vezes o quanto me sentia grato por ela ter existido.

Pelo menos a nostalgia não me traz remorsos.